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Ulan Bator, Mongólia, 4 de julho de 2013

 

 

O Kaiser Hotel é bem localizado, pertinho da praça Sukhbaatar onde tem o busto do Gengis Khan que também é o principal ponto de referência da cidade.  Está perto da Peace Avenue, onde se localizam os principais restaurantes e lojas.  O hotel é bem confortável, mas o staff não manda bem no inglês – tem que reservar antes, é concorrido e o check in é apenas às 14h – tivemos que ficar esperando pra entrar no quarto

 

Ficamos apenas dois dias no Kaiser - mudamos em seguida para uma guest house muito boa. Na cidade vc encontra vários tipos de alojamento mas escolhemos uma bem legal que está como a mais indicada no guia da Lonely Planet.  É a Zaya’s Hostel; valeu pagar U$50/dia por um quarto com 3 camas + café da manhã. Excelente local com funcionários e gerentes (dois irmãos) muito amigos.              

 

De lá vc pode sair para diversos passeios e o preço é justo, não precisa barganhar ou procurar fora. Mas se tiver pouco tempo e não houver um grupo pronto pra viajar, terá que procurar outros grupos nas guest houses próximas, o que é muito tranquilo e normal: vá direto nas que estão descritas no guia da Lonely Planet sobre a Mongólia, não perca tempo.          

 

DICA: Um passeio de 9 dias para 1 pessoas dentro de um grupo de 5 pessoas no total, fica entre 250 a 300 dólares pra cada uma – mas isto não inclui comida e pernoite: a comida é barata, vc vai parar em mercadinhos durante a viagem, pelas vilas que passar, mas o bom mesmo é comprar tudo o que vai precisar em Ulan Bator, antes de sair – a van dá uma paradinha num mercado antes de pegar a estrada de terra. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O país continua sendo um “grande parque nacional” com todos os tipos de terrenos para as suas aventuras ou simplesmente, para passeios no estilo “observando a paisagem e fotografando”. A Mongólia é a meca dos amantes dos passeios off road/4x4 – vc pode estacionar o carro onde quiser, montar sua barraca e prosseguir no dia seguinte. Existem vários roteiros para escolher, mas o país divide-se basicamente em:

 

- norte:  o Lago Uovsgoln e florestas de coníferas/pinheiros.

 

- sul: o Deserto de Gobi e seus “anexos”.

 

- leste: florestas e parques nacionais no estilo montanhoso/rochoso de “Itatiaia”.

 

- oeste: montanhas Altai e suas águias caçadoras.

 

- centro: planalto com a capital Ulaan Baatar.

 

Para o OESTE, tem que ser de avião ou dois dias de carro ou ainda 50 horas de busão. Avião demora uma hora e meia e custa 70 dólares na baixa temporada ou 150 na alta (julho e agosto, época de férias e sol esquentando até 20 graus)... não fomos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Seguimos para o SUL (Gobi), dentro de uma van reforçada com tração 4x4 por 5 dias, conhecendo lugares bem legais.  Nosso motorista não falava inglês. Mongol, seu nome era Talga, pai de 4 filhos, amigo e bem responsável que soube cativar a galera; pra melhorar as coisas, a dupla que estava conosco (Susan dos EUA e Rich do Canadá) entrou na sintonia da família de mochila – boas almas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           No caminho vc pode escolher entre dormir numa ger alugada de uma família do campo (mais baratas mas sem conforto algum) ou campings ger, que são uma espécie de resorts no meio da estepe mongol, onde montaram uma estrutura mínima (ou luxuosa) para receber turistas: banheiros + restaurantes. Tem pra todos os gostos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

          No caminho, paisagens que fotografamos para gravar na memória eternamente, meditando e pensando: “este país é bonito demais… E que ar limpo, gostoso de respirar!”.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

          Quando chegamos nas dunas, acampamos no sopé (barracas).  Dunas gigantes que Pedrinho e eu gastamos quase uma hora para chegar no topo de uma delas, no fim da tarde, já com o sol fraquinho. Pedrinho resistiu à altura e aos ventos que chicoteavam nossa carcaça suada lá no alto! Mas valeu o esforço!  No dia seguinte, um passeio de camelo pelo deserto por umas duas horas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Passamos também no local exato onde foram encontrados os primeiros esquelos de dinossauros no país, chamado de Bayanzag.    http://en.wikipedia.org/wiki/Flaming_Cliffs      

   

Na volta, optamos por 2 dias de estrada, mas dá para pegar um avião direto para a capital.  Saindo do deserto, pernoitamos na entrada do Gobi Gurvansaikhan National Park numa ger “de família” e no dia seguinte, seguimos para o canyon de Yolyn Am que fica dentro do parque. Local imperdível! Parece que vc está na pré-história!   Você entra num canyon de paredes imensas, pedregosas. Estávamos andando numa paisagem digna de filme do Indiana Jones.

http://en.wikipedia.org/wiki/Gobi_Gurvansaikhan_National_Park

http://en.wikipedia.org/wiki/Yolyn_Am

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            

(existem passagens bem estreitas no canyon: paredão de rocha dos dois lados)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(rio corre no meio do canyon, um riacho de águas gélidas e transparentes, com direito a gelo grudado nas margens, isso tudo bem no meio do Deserto de Gobi - o sol não consegue colocar seus raios nas encostas de pedra em pleno verão, daí o gelo eterno por ali; 12 anos atrás, nesta mesma época, o gelo acumulado tinha mais de 2 m de altura, agora está na altura do joelho)

 

 

Pedrinho fez a primeira parte de uma caminhada dentro do canyon montado num cavalo para depois prosse-guir a pé. São umas 5 horas de caminhada. No meio do vale, fomos surpreendidos por uma chuva forte com raios e trovões, que nos obrigou a procurar abrigo em cavernas de pedra – mas foi só um susto.

 

Ali no meio das paredes, na graminha verde, os “esquilos da mongólia” ou gerbil (diminutivo do jerboa) – peque-nos roedores -  se multiplicam.  -Das várias espécies que existem na Ásia, a da Mongólia se chama Meriones unguilatus.

 

 

Depois do Gobi, seguimos para uma cidadezinha mais ao sul (Dalanzadgad), agora com direito a pernoite num hotel. Dia seguinte, continuamos nas estradas de terra, já retornando para UlanBator, mas por um caminho diferente que nos levaria até a antiga capital do império de Gengis Khan: Kharahhorin.

http://wikitravel.org/en/Kharahhorin

           

Em Kharahhorin, visitamos o museu e as ruínas dos antigos monastérios (ano de 1200) que sobreviveram aos ataques comunistas/soviéticos de 1937.

 

No retorno, já numa estrada de asfalto e depois de mais de 2.000 km de estradas de terra, presenciamos um acidente bem na nossa frente, um capotamento; nossa van socorreu o motorista para o hospital mais próximo.            

 

Achamos que o cara morreu, estava mal demais: não usava cinto de segurança! Por falar nisso, ninguém aqui usa cinto - além de falarem no celular enquanto dirigem o tempo todo! Havia crianças no carro, mas ninguém se feriu: também não usam cadeirinhas e a criançada vai no banco da frente, soltinhas, do lado do pai/mãe motorista!

 

O “hospital” ou posto médico (não sabemos), mais parecia um apartamento bem pequeno e antigo (estilo caixote-soviético) com térreo e primeiro andar, perdido no meio do nada, velhinho por fora (não entramos) e com cara de abandonado por dentro.  Passando na frente, você não diria que era um hospital.              

Cuide-se: Não tem serviço de resgate nas estradas – hospital bom somente na capital.

 

Após um total de  quase 10 dias chacoalhando, chegamos em UB. Mesma guest house, cansados mas alegres e já pensando qual seria a nossa próxima aventura.

 

Vamos descansar e comemorar outra vez o aniversário do Pedrinho, só que agora, aqui na Mongólia – desta vez, no quarto do hostel, somente pai, mãe e filho.

 

 

             

 

             Mandamos notícias!

             Abraços da família de mochila!

             FDM                 

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Mais fotos:

Ulan Bator, Mongólia - Atravessando o país.

(116º ao 132º dia viajando)

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